NA (Narcóticos Anônimos) é uma irmandade mundial, sem fins lucrativos,
ativa em mais de 130 países, onde as pessoas se reúnem para praticar um programa
de total abstinência de todas as drogas.
Levar a mensagem ao adicto (dependente) que ainda sofre é o primordial propósito
da entidade. Unidos por um problema comum: a adicção, os frequentadores
conseguem manter a doença controlada.
Após a prisão de três albergados acusados de tráfico e da autuação de
mais seis executandos que portavam entorpecentes no último final de semana,
alguns integrantes do grupo Narcóticos Anônimos, fizeram uma visita nesta
quarta feira à noite na Casa do Albergado de Várzea Grande para falar sobre os
doze passos.
O convite foi feito pela REPARE, Rede Permanente de Assistência ao
Recluso e ao Egresso, uma organização não governamental que tem por objetivo
chamar atenção da sociedade civil para a questão prisional.
Sob a presidência do dr. Marcos Rondon Silva, atual segundo Subdefensor
Geral, a a REPARE implantou desde o mês de Março um projeto junto a unidade cujo
propósito é levar informações instrutivas aos que cumprem pena naquele
estabelecimento.
Segundo a diretora do local, Gisele da Silva Araújo, o grupo Alcóolicos
Anônimos já se instalou nas dependências da unidade realizando reuniões a cada
15 dias.
Depois da reunião dos Narcóticos Anônimos ocorrida nesta quarta feira os
albergados pediram para que o grupo também viesse a fazer da rotina da casa,
pois, muitos deles admitiram ter problemas com drogas.
Segundo a Defensora Pública Tânia Regina de Matos, que atua junto a vara
de execução penal da comarca, o lamentável episódio envolvendo nove albergados
resultou na regressão de regime de todos eles.
Os que foram flagrados com pequena quantidade de entorpecentes poderão
progredir de regime novamente após cumprir um sexto da pena, mas aqueles que
foram acusados de tráfico responderão pela prática de novo crime. Se forem
condenados terão que cumprir mais dois quintos da pena que será somada ao
restante da outra que já vinha sendo cumprida.