A Vara do Trabalho de Várzea Grande, em Mato Grosso, é uma das unidades judiciárias a instalar o Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT). O sistema foi lançado no dia 08/02, às 17h (horário local), em cerimônia que contou com a presença de diversas autoridades.
Já não era sem tempo! A prática
de ficar derrubando árvores para fabricar papel é coisa do passado. De mais a
mais, com o crescimento da população, espaço para arquivar processos está
ficando cada vez mais escasso.
Precisamos ocupar o solo de
maneira mais consciente. A terra, em minha opinião, deve ser utilizada para
produzir alimentos, criar animais, cultivar plantas ornamentais e construir
habitações funcionais.
Não vejo a hora desse sistema
chegar à Justiça Estadual.
É incômodo para os servidores
ficarem transportando processos em carrinhos de supermercado para dar vistas aos
membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário.
Sem falar que muitas vezes localizar esses autos leva um tempão. Perde-se demais
com isso.
E o que se gasta de energia
tirando cópias?
Quem atua na execução penal sabe
o inconveniente que é a tal da "transferência de processo". O reeducando em
regime semiaberto muda de cidade, pede-se a transferência do processo para a
nova comarca.
Aí ele se arrepende ou perde o
emprego, volta para antiga morada... de novo outra petição pedindo a
transferência do processo. Outra folha de papel para o Promotor manifestar,
outra para o Juiz despachar... tonner para impressora... mais gastos com o
correio, transporte, enfim.
Às vezes, o preso é transferido
por medida de segurança, para outra cidade e o processo ficou na comarca antiga.
Cadê os processos do reeducando? Aquele monte de apenso, amarrado com
barbantes... a gente nem sabe por onde começar... um monte de peças
repetitivas.
Sobrevém nova condenação,
precisa unificar as penas. Cadê a carta de guia daquele outro processo em que
ele foi condenado?
Ai, ai... que tortura para o
preso, para família, para o Defensor Público que tem que explicar isso
tudo...
Parabéns à Justiça do Trabalho
por sair na frente e evitar alguns transtornos para partes, advogados e
funcionários.
Atender melhor o cidadão é
uma obrigação do Estado. O eleitor como destinatário final desses serviços
deveria exigir melhorias, pois, é ele quem mais contribui para manter essa
máquina funcionando.
Tânia Regina de Matos
Defensora Pública em Mato Grosso
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